CRP 06/60596
Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental e programação neurolinguística à adolescentes, adultos e terceira idade. Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional.
É a área do conhecimento que estuda os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental.
É a área de estudos que está na base da psiquiatria, cujo enfoque é clínico. É um campo do saber, um conjunto de discursos com variados objetos, métodos, questões: por um lado, encontram-se em suas bases as disciplinas biológicas e as neurociências, e por outro se constitui com inúmeros saberes oriundos da psicanálise, psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, linguística e história.
Em Medicina e em Psiquiatria, muitas vezes são utilizadas nomenclaturas diferentes para designar a mesma coisa.
A partir do CID-10, foi introduzido o termo "Transtorno", o DSM usa predominantemente o termo "Distúrbio". Desordem, enfermidade, doença são termos menos escolhidos e até mesmo evitados, assim como o termo "Neurose" que, após ficar popularizado, foi retirado do uso técnico da psiquiatria.
Segundo a Psicanálise, a partir do Complexo de Édipo, nossa psique é estruturada.
"Cada estrutura exclui a possibilidade de outra. Ou seja, um sujeito que se encontra em uma estrutura nunca pulará para outra estrutura. Temos, então, a partir do Édipo, 3 grandes estruturas: Neurose - Psicose - Perversão. No pensamento da psicanálise, qualquer um de nós pode ser classificado em um destes três tipos de personalidade. Cada um está dentro de uma determinada estrutura e sempre estará dentro desta estrutura.
O sofrimento que leva as pessoas a buscarem a psicologia clínica ou a psicanálise é a base para este sistema de pensamento. Como se vê, as três estruturas são muito ligadas à ideia de doença psíquica. E qual é a diferença entre a doença e a normalidade? Para Freud, a única diferença é de grau. Uns apresentarão mais sintomas, e, com isso, mais sofrimento.
Mas, em última análise, pode-ser classificar cada pessoa em uma determinada estrutura. Cada estrutura apresenta subdivisões, e exclui a possibilidade da existência da outra. Em cada estrutura há um modo – inconsciente – de lidar com o sofrimento provocado pelo Complexo de Édipo. Este “modo de lidar” é o que se chama mecanismo de defesa."
A psique é do jeito que é. E mesmo com a análise, não é possível modificar a nossa estrutura. Se um sujeito é neurótico ele nunca surtará (terá um surto psicótico), assim como é praticamente impossível que um perverso tenha a culpa de um obsessivo."
(Felipe de Souza)
Temos duas formas de compreender essas estruturas: uma é através dos Mecanismos de Defesa (modo de lidar inconsciente) do Ego, e outra pela Angústia de Fundo dessas estruturas.
Na Psicose, encontramos três sub-divisões: paranoia, autismo e esquizofrenia. O mecanismo de defesa é a forclusão. O psicótico encontra fora o que exclui dentro, ele fora-inclui, inclui fora o que, na neurose representa a dinâmica do recalque. Em outras palavras, na psicose o problema é encontrado fora, o problema está sempre fora, nas outras pessoas.
Na Neurose, encontramos duas sub-divisões: a histeria e a neurose obsessiva. O mecanismo de defesa é o recalque ou repressão. Na neurose, a manutenção do conteúdo problemático como segredo é o que chamamos recalque ou repressão. O paciente neurótico esconde de si mesmo o problema, o sintoma ou a dificuldade que o psicótico encontra fora de si. Ou seja, na neurose há uma cisão da psique. Alguns conteúdos ficam recalcados, escondidos, em segredo, e causa sofrimento nos sintomas dos quais a pessoa reclama.
Pode-se também dividir as estruturas através da angústia de fundo em cada uma delas. Inclui-se aqui, a Depressão por estar relacionada com a Psicose (no que diz respeito ao sintoma, por exemplo, da chamada Psicose maníaco depressiva – hoje transtorno bipolar):
A perversão não aparece neste quadro didático. Do mesmo modo que a psicose, a perversão dificilmente aparece no divã. Poder-se-ia dizer que a perversão também denega a angústia (a angústia, nesse sentido, não existe para o perverso).
(Felipe de Souza)
É importante notar que todos nós apresentamos alguns comportamentos "estranhos" uma vez ou outra. A vida psicológica normalmente é cheia de estados emocionais variados, de transições e crises. Todos nós temos alguns medos ilógicos, algumas idéias intrusas em nossa consciência e estados de ansiedade mais intensos.
O que caracteriza um estado como patológico é quando estas situações dominam a nossa vida mental, quando o sofrimento emocional (ansiedade, desânimo, etc.) passa a ocupar o primeiro plano em nossas vidas e nos impede de viver outras experiências. Na psicopatologia, ocorre certa perda de liberdade e ficamos paralisados em modos estereotipados de funcionamento, sofrendo.
Nestas situações necessitamos de ajuda psicológica. A psicoterapia nos ajuda a sair deste estado de paralisia, ajudando a restaurar nossa capacidade de prosseguir construindo nossa vida e respondendo de modo criativo aos desafios.
(Artur Scarpato)