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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)


 

Transtorno ou Perturbação Bipolar de Humor, antigamente conhecido como Transtorno Maníaco-Depressivo, é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de mania (período de euforia, atividade cognitiva e física intensa e falta de auto-controle e bom senso). Não se trata apenas de mudanças bruscas de humor durante o dia, mas sim alternância de fases de depressão e euforia descontrolada que podem durar dias, semanas ou mesmo meses. Altos e baixos são experimentados por praticamente qualquer pessoa, e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas e mais duradouras que aquelas experimentadas e devem necessariamente causar prejuízos significativos constantes para si mesmo e para outros. Podem incluir sintomas psicóticos como alucinação e delírio.


Prevalência:

Pode chegar a até 8% da população. Usando critérios mais rígidos, se restringe a menos de 1%. Assim, estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores do TBH nas suas diferentes formas de apresentação.

Classificação:

 

  • Tipo I: Predomínio da fase maníaca (eufórica) com depressão mais leve (distimia).
  • Tipo II: Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania).
  • Mista: Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente.
  • Ciclos Rápidos: Quando os episódios variações humor duram menos de uma semana
  • Ciclotimia: Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão maior.


Atualmente, todos esses tipos foram reunidos em apenas um diagnóstico: o Espectro Bipolar

Causas:

As causas são tanto genéticas e/ou congênitas quanto psicossociais, com 50% dos portadores apresentando pelo menos um familiar afetado, e com filhos de portadores apresentam risco aumentado de desenvolver a doença, quando comparados com a população geral.

Características:

No transtorno bipolar, as mudanças de humor duram pelo menos uma semana, podendo durar meses. Em casos mais graves, poderão ter ciclos de instabilidade durante muito mais tempo. Porém existem casos de ciclagem mais rápida. O paciente com bipolaridade pode chegar ao extremo da depressão ao tentar suicídio e, no outro extremo, a euforia de tentar escrever um livro num só dia, por exemplo. Os estados de mania e depressão, se não controlados por medicamentos, podem levar a surtos psicóticos, exigindo a intervenção psiquiátrica com antipsicóticos.

Critérios Diagnósticos:

  • Episódio maníaco: é caracterizado por 3 ou mais dos seguintes sintomas por pelo menos uma semana:
  • Auto-estima elevada: Sentimento de grandiosidade e intenso bem estar com si mesmo, o indivíduo acredita sinceramente ter sempre razão, não admite ser corrigido e sente enorme dificuldade para se desculpar;
  • Necessidade de sono diminuída: O indivíduo sente-se pronto para o trabalho depois de apenas poucas horas de sono, mesmo interrompido;
  • Verborragia: O indivíduo fala frequentemente de modo agressivo e sem paciência para ouvir;
  • Fuga de ideias: Esquecimento e pensamentos acelerados, resultando em dificuldade de se expressar de forma linear;
  • Distratibilidade: Atenção constantemente desviada para estímulos externos, resultando em muitos trabalhos concomitantes e incompletos;
  • Inquietude: Gerando aumento no número de atividades feitas tanto no trabalho como na escola;
  • Impulsividade: Falta de auto-controle,
  • Impaciência, ansiedade e Irritabilidade


A perturbação do humor deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no trabalho/estudos, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos.

Caso durante o período da perturbação do humor, inclua pelo menos três dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) em um grau significativo, mas durar apenas alguns dias, e essas mudanças ocorrerem há pelo menos 2 anos (1 ano para crianças e adolescentes), classifica-se como hipomania.

Episódio Depressivo: a fase depressiva do transtorno bipolar é caracterizada por 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia:

 

 

  • Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
  • Anedonia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
  • Sensação de inutilidade;
  • Culpa excessiva;
  • Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
  • Fadiga: cansaço excessivo, falta de energia;
  • Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
  • Distúrbio psicomotor: Agitação ou lentidão cognitiva e motora;
  • Distúrbio alimentar: Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
  • Ideação suicida: Ideias recorrentes de morte ou suicídio.


Ou 3 a 4 sintomas por pelo menos dois anos consecutivos, no caso de distimia.



Epidemiologia:

O TBH acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, evidenciaram que o TBH foi a sexta maior causa de incapacitação no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder 9 anos de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado adequadamente.

A mortalidade dos portadores de TBH é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita), como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.É importante ressaltar que nem todos os portadores do Transtorno Bipolar são dependentes de álcool ou drogas ilícitas.

O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso tem conseqüências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de TBH.

Tratamento:

O tratamento de transtorno bipolar pode ser tentado com várias classes de medicação, incluindo sais de lítio, anticonvulsivantes,antipsicóticos, antidepressivos e eletroconvulsoterapia. Porém, o tratamento freqüentemente é caracterizado por persistência de alguns sintomas e por altos índices de recaídas e internações.
O tratamento adequado do TBH pode ser feito com um ou mais estabilizante de humor (como carbonato de lítio, ácido valpróico, valproato de sódio, divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina ou oxcarbazepina).
A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania.
Antidepressivos são quase sempre ineficazes caso não incluam também psicoterapia, especialmente quando envolvem alcoolismo, tabagismo ou uso de drogas ilícitas. O tratamento psicoterápico podem ajudar:

 

  • Aumentando a adesão ao tratamento;
  • Redução dos sintomas residuais;
  • Prevenção das recaídas/recorrências;
  • Diminuindo o número e períodos de hospitalizações;
  • Prevenindo suicídio;
  • Melhora na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares;
  • Melhorando as habilidades sociais e o desempenho e;
  • Melhorando a capacidade de lidar com situações estressantes em suas vidas.