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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  


  Transtornos de Ansiedade

 

Entendendo a semântica... 

Quando vamos estudar as obras de Freud, publicadas quase todas há mais de cem anos, encontramos o uso da palavra ansiedade. Entretanto, se formos ler em alemão, veremos que a palavra utilizada pelo pai da psicanálise é Angst, que, em minha opinião, seria melhor traduzida por angústia. Mas os editores traduziram para o inglês dessa forma e do inglês, tivemos as traduções em português. A palavra Angst tem os seguintes significados: medo, fobia, covardia, angústia. De forma que o uso popular da palavra angústia e da palavra ansiedade teriam este campo semântico. (Felipe de Souza)

Medo ou Ansiedade?

Segundo Beck, o medo é "um estado neurofisiológico automático primitivo de alarme envolvendo a avaliação cognitiva de ameaça ou perigo iminente à segurança e integridade de um indivíduo”. Já a ansiedade seria "um sistema de resposta cognitiva, afetiva, fisiológica e comportamental complexo (isto é, modo de ameaça) que é ativado quando eventos ou circunstâncias são consideradas altamente aversivas porque são percebidas como eventos imprevisíveis, incontroláveis que poderiam potencialmente ameaçar os interesses vitais de um indivíduo”. 
Em outras palavras, o medo é uma resposta do organismo que é automática – e instintiva – contra um perigo iminente. Por exemplo, se alguém é assaltado com uma arma na cabeça, é natural que exista o medo de morrer naquele momento. A ansiedade, por sua vez, é entendida como um estado mais difuso e mais permanente na qual haveria uma possível ameaça (real ou imaginada) mas que não se concretiza como a pessoa que não sai de casa (agorafobia) pela possibilidade de ser assaltada. Além do medo (que estaria no fundo da ansiedade), encontramos no estado ansioso outros fatores como “aversão, incerteza, desamparo, incapacidade de obter resultados desejados”. (Felipe de Souza)

 

O que é o Transtorno de Ansiedade?

O Transtorno de Ansiedade é um padrão de preocupação e ansiedade frequente e constante em relação a diversas atividades e eventos. Todos os Transtornos de Ansiedade têm como manifestação principal um alto nível de ansiedade. Ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça, acompanhado por várias reações físicas e mentais desconfortáveis.

A ansiedade pode se manifestar em 3 níveis: neuroendócrino (relacionado aos efeitos da adrenalina, noradrenalina, glucagon, hormônio antidiurético e cortisol), visceral (relacionado ao Sistema Nervoso Autônomo, que reage excitando o organismo na reação de alarme ou relaxando-o na fase de esgotamento) e de consciência.

É comum que haja comorbidade, sendo assim, uma pessoa pode apresentar sintomas de mais de um tipo de transtorno de ansiedade ao mesmo tempo, e destes com outros sintomas, como depressão.

 

Ansiedade Normal ou Patológica?


A ansiedade é uma reação normal, bioadaptativa, ou seja, é uma resposta do corpo a algum tipo de estressor externo. Por exemplo, diante de um predador, o organismo deve reagir aumentando seu ritmo para que este possa se preparar para a luta ou fuga. O ritmo cardíaco aumenta, há contração de vasos periféricos para que se concentre sangue em áreas vitais, a respiração aumenta sua freqüência. Portanto, todas estas reações são normais e preparam o indivíduo para enfrentar o estressor externo. É uma sensação difusa, desagradável de apreensão acompanhadas por várias sensações físicas.

A ansiedade patológica caracteriza-se pela intensidade prolongada à situação precipitante, tornando difícil o controle dos sintomas físicos causando prejuízo na atividade social, dificultando e impossibilitando a adaptação. Ao contrário da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, trazendo prejuízos ao seu bem estar.

Sintomas:

Os principais sintomas do transtorno de ansiedade são a inquietação, palpitações, sudorese ou opressão no peito, sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarreia, mal-estar respiratório, tensão muscular. Os sintomas físicos e viscerais variam de pessoa para pessoa. Em mulheres pode causar disfunção hormonal, num ponto capaz de suspender a menstruação.

Tipos de Ansiedade:

1) Transtorno do pânico (com ou sem agorafobia): Neste tipo de ansiedade, o indivíduo sente fortes sensações de que está para morrer, como se estivesse tendo um ataque do coração ou então, sente que está perdendo o controle, que está enlouquecendo ou perdendo a consciência. Após ter uma crise de pânico, um ciclo pode ser criado, com o medo de ter um novo ataque de pânico, uma ansiedade de ter uma nova crise de ansiedade.

2) Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): No TAG, o estresse ou preocupações excessivas podem ser levantados como causas de pensamentos e sentimentos que eliciam a ansiedade. No fundo, o medo na ansiedade generalizada é de um final catastrófico para as preocupações ou situações que são sentidas como ameaças.

3) Fobia social ou Ansiedade social: É um dos tipos de ansiedade mais comuns e a acontecem sempre em situações públicas, tendo por base a avaliação que os outros podem ter de um dado desempenho. Pode ser uma apresentação oral como em um reunião, palestra ou seminário ou pode ser em uma conversa informal. A pessoa com fobia social sente uma grande ansiedade em situações sociais, como se estivesse para ser avaliada negativamente, humilhada ou constrangida.

4) Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): É considerado um outro tipo de ansiedade por trazer para a pessoa que sofre deste mal o medo de perder o controle ou ser responsável por algo terrível para si ou para os outros (culpa). O que elicia a ansiedade no TOC não é uma situação específica, mas pensamentos e sentimentos que são oriundos de “dentro”, ou seja, pensamentos e sentimentos que parecem vir de fora, são intrusivos, com isso, a pessoa sente que não aguentará e sente-se constantemente ansiosa.

5) Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): É causado por um trauma, por um evento terrível que realmente aconteceu na história do indivíduo. A ansiedade, então, advém de medo de pensamentos, lembranças ou sintomas relacionadas com a experiência traumática.

Tratamentos:

Os transtornos de ansiedade respondem muito bem ao tratamento psicológico especializado. Dependendo do tipo de ansiedade, o tratamento medicamentoso (com psiquiatra) pode ser o mais indicado para começar, enquanto em outros casos, a psicoterapia – aliada ou não ao tratamento com remédios – será o mais indicado. Há muitos tratamentos, alguns ainda sem comprovação científica. 

Para a ansiedade normal indicam-se:
(1) Mudança de alguns hábitos de vida (exercícios físicos, caminhadas, otimização dos horários de trabalho, higiene do sono, criação de um espaço de lazer na grade horária semanal),
(2) Psicoterapia, 
(3) Medicina alternativa (técnicas de relaxamento, reiki, yoga, acupuntura...).

Em casos de ansiedade patológica, é imprescindível o uso de medicação aliada à psicoterapia. 

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