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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

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 Produção de Intuições Enganosas Perante Stress Familiar



"Em Lumeeira (cidade luz), seguindo os costumes do lugar, não é raro entre familiares, após a morte de um dos pais, o cônjuge que sobreviveu fornecer idéias para os filhos acerca do morto bastante diferentes (falsa) da percebida pela criança. Problemas emocionais futuros do indivíduo adulto têm sido estudados como produzidos, em parte, por experiências precoces ocorridas na infância: morte de um dos pais, doenças, etc.

Em Lumeeira, certas cenas e experiências vividas (observadas) pela criança são proibidas pelos familiares de serem lembradas e comentadas. Mas apesar dessa proibição essas “cenas e experiências” continuam a ter uma influência extrema sobre os pensamentos, sentimentos e , ou, de outro modo, na formação dos modelos mentais. Entre essas cenas podemos citar:

# Fatos que os pais desejam que o filho não conheça;
# Fatos nos quais os pais levam a criança a sentir-se incomodada com sua presença, sendo insuportável pensar acerca deles;
# Fatos que a criança efetuou ou apenas imaginou, que a leva a sentir-se culpada ou envergonhada.

Por exemplo: a criança presenciou um dos pais se suicidar. A família, por outro lado, afirma para a criança que a morte do pai foi natural. Nesse caso, a mãe, por exemplo, força o menino a acreditar na versão dela e não na realidade ocorrida e presenciada. Pressionado, ele “tem” que acreditar não no que viu, mas, sim, no que ouviu. Num outro caso, a criança viu um dos pais, ou outra pessoa importante para ela, tendo uma relação sexual proibida, ou, ainda, no caso de incesto, quando, durante o dia, o pai é uma pessoa normal e correta, tornando-se à noite um “doente agressor” que abusa sexualmente da filha ou do filho.Nesses casos, não é raro existir uma pressão da família para que a criança “esqueça” ou elimine a percepção ocorrida e invente um relato diferente da presenciada e real. Tudo para tentar manter uma idéia desejada da pessoa e não sua verdadeira conduta, isto é, uma narrativa fabricada para confirmar uma falsa teoria acerca da família.

Como consequência de presenciar um fato e ser levado a acreditar que suas percepções não são confiáveis, que a verdade é a mentira vista ou escutada, a criança de Lumeeira pode adquirir uma desconfiança crônica acerca das afirmações das pessoas, inibir sua curiosidade e, além disso, pode passar a duvidar de suas próprias sensações, ou, ainda, acreditar com facilidade em algo irreal.

Lá também, o pai que sobreviveu, muitas vezes, sugere à criança adotar um comportamento não compatível com o acontecimento vivido. Por exemplo: após a morte do pai, a mãe diz ao filho: “Não chore, vá para seu quarto e durma”. Exige-se que os sentimentos e as emoções sejam abolidos através de uma ordem.

Um outro fato não raro em Lumeeira é o da mãe (ou pai) que, privada de amor do cônjuge, exige da filha (filho) o amor desta para ela, em vez de dar amor à filha. Nesse caso a filha (filho) pode imaginar a mãe como amorosa e generosa, mas ela é, de fato, uma mãe exigente e egoísta. O que se deseja é que a percepção correta seja descartada da consciência para permitir somente a imaginação errônea, a mais agradável de ser conscientizada: “Minha mãe me adora; está sempre atrás de mim. Não pode me ver longe dela”.

Os pais tendem a exigir da criança uma demonstração de continuada alegria com o propósito de animar um pai ou uma mãe deprimida. Os filhos, nesse caso, esforçam-se para “conservar as idéias positivas” eliminando as experiências negativas diante do parente deprimido.

Mas, apesar da eliminação das representações conscientes, explícitas e claras de algum fato específico doloroso, as experiências vividas e impressas no subsolo dos envolvidos continuam influenciando implicitamente outras representações, emoções e ações deles sem que estes percebam com nitidez a ação dessas influências.

Quando o fato percebido e perturbador começa a penetrar na consciência do menino e extravasar para a fala ou ações, os pais, prontamente, tratam de impedir que o foco e atenção da consciência se voltem para o fato, tentando fazer com que o filho sinta culpa e ache insuportável pensar acerca dele. Exemplos disso são as rejeições repetidas de um dos pais ou dos dois, com agressões físicas ou exploração sexual. Entretanto, ao mesmo tempo, a criança utiliza o “mapa” falso que ela tem dela e não o “território” experimentado e real."



(Galeno Alvarenga)