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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

Saudades

 

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo, dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.


Mas o que mais dói é a Saudade...

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ele para a faculdade mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia todo sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade, é basicamente o não saber...

Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia e se foi na consulta com o dermatologista como havia prometido.

Não saber se ela anda comendo bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada. Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se continua cantando tão bem.

Saudade, é não saber mesmo!

Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos. Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento. Não saber como frear as lágrimas diante de uma música. Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro e ao mesmo tempo querer... É não querer saber se ele está feliz e ao mesmo tempo perguntar a todos por isso... é não saber se ele está mais magro, se ela está mais bela...

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e que você, provavelmente está sentindo agora, depois que acabou de ler..."

(Por: Miguel Falabella)