logo final.png

 

 

Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

IMG_2401.JPG

Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

2c3f7c8f7c089eeb268f0b5c63743d810206db0ddba80c6889494e8629ed7259.jpg

Mau humor e TPM

 

Você também deve ter disso: aqueles dias em que a irritação contamina seu modo de ver o mundo e tratar as pessoas. Este é o mau humor, um estado de predisposição a agir e reagir com agressividade, ironia e impaciência a comentários e situações que normalmente não nos tirariam do sério.

A agressividade emerge de zonas antigas do cérebro que controlam comportamentos sociais, incluindo a amígdala e o hipotálamo. Nas horas certas, respostas impulsivamente agressivas têm sua função: demarcam nosso território, protegem nossa integridade, enfrentam quem nos ameaça. Mas se a ameaça não é real, ou se uma resposta agressiva não é uma boa ideia, o córtex pré-frontal tenta inibir nossos impulsos – e de uma maneira, aliás, que depende de serotonina. Por isso, antidepressivos que modificam os níveis de serotonina no cérebro são eficazes para controlar a raiva, a agressividade e o mau humor desajustados.

Cada um tem suas tendências e uma facilidade maior ou menor de espantar o mau humor causado por operadores de telemarketing, fechadas de carro, barulho e até variações hormonais, como na tensão pré-menstrual. Nem todas as mulheres ficam com o humor irritável no período pré-menstrual (ainda bem!), muito menos a ponto de se caracterizar um distúrbio que precise de ajuda médica. A princípio, contudo, todas as mulheres estão sujeitas a essa variação do humor, mesmo que em pequeno grau, por uma razão simples: ela resulta dos efeitos sobre o cérebro da variação do hormônio progesterona que leva à menstruação.

A progesterona se acumula no sangue a cada ciclo mens­trual a partir da ovulação, pois é produzida pelo corpo lúteo que acompanha o óvulo. Nos dias que precedem a menstruação, é esse hormônio que faz o revestimento interno do útero se espessar, em preparação para a implantação de um embrião.

Suas funções, no entanto, não acabam aí. Chegando ao cérebro, a progesterona age como um poderoso ansiolítico natural para as mulheres: ela aumenta a capacidade do cérebro de regular a ansiedade, a agressividade e a resposta ao estresse de modo geral – e assim preserva a grávida. No período pré-menstrual, contudo, quando o corpo lúteo degenera e o nível de progesterona no sangue cai drasticamente, esse efeito ansiolítico natural é perdido, e o cérebro fica mais susceptível ao estresse, à ansiedade e à depressão.

Nem todas as mulheres são afetadas do mesmo jeito. A ausência mensal do hormônio ansiolítico natural ao corpo é mais drástica em algumas mulheres que possuem, provavelmente por razões genéticas, uma quantidade menor dos receptores no cérebro que respondem à progesterona. Para elas, qualquer queda do hormônio leva a perda significativa do efeito ansiolítico natural e, como resultado, essas mulheres ficam especialmente irritáveis no período pré-menstrual, capazes de reagir à menor ameaça com uma intensa resposta de estresse, de responder agressivamente até a gestos e comentários inócuos.

O mau humor de fundo hormonal, no entanto, não é uma “licença para matar”. Aliás, nem o justificado pela frustração com operadores de telemarketing: mesmo que a perda temporária da progesterona ansiolítica ou um atendente especialmente incapaz explique o estado de agressividade, eles não justificam qualquer tipo de comportamento grosseiro. A razão é simples: todos nós somos capazes de usar os serviços do córtex pré-frontal para dominar nossos impulsos. O primeiro passo para dominá-los é tomar consciência deles.



Fonte: Revista Mente e Cérebro