logo final.png

 

 

Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

IMG_2401.JPG

Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

0c7aa1fb2789e71a4d755cc6fe4112ee76005b3b3ac0a88af5b72ac11aebd7e3.jpg

Afinal de contas, o que é o Complexo de Édipo?

 

"O Complexo de Édipo foi um conceito criado por Sigmund Freud, embora descrito e batizado com a expressão ‘complexo’ por Carl Jung.

O criador da psicanálise foi influenciado, em suas observações e pesquisas, pela tragédia Édipo Rei, de Sófocles. Nesta peça Édipo, sem saber que Jocasta é sua mãe, se casa com ela, após assassinar o próprio pai, Laio, inconsciente do parentesco entre ambos. Ao descobrir a verdade, ele cega a si mesmo enquanto a mãe se suicida.

Este conceito essencial e universal da psicanálise desperta na criança sentimentos opostos, de amor e ódio, direcionados para aqueles que lhe são mais próximos, os pais. Isto ocorre quando ela atravessa a fase fálica, durante a segunda infância, e se conscientiza da diversidade entre os sexos. Normalmente ela se sente atraída, então, pelo sexo oposto, escolhido no ambiente que lhe é próprio, o familiar. Este Complexo tem início quando o bebê, habituado a receber total atenção e proteção, ao atingir cerca de três anos de idade, passa a ser alvo de várias proibições que são para ele desconhecidas. Agora a criança já não pode fazer o que bem entende, porque já está ‘crescidinha’, não pode mais compartilhar o tempo todo o leito dos pais, deve evitar andar nu à vontade, como antes, entre outras interdições.

Quando a criança percebe que não é mais o centro do universo, e se dá conta das distinções entre ela e seus genitores, ela ingressa em uma das várias fases de passagem em sua vida, talvez a mais importante, porque definirá seu comportamento na idade adulta, principalmente o referente à sua vida sexual. Geralmente, a criança sente uma forte atração pelo sexo oposto – a menina pelo pai, o menino pela mãe – e hostiliza, ao mesmo tempo em que ama, seu adversário – no caso da garota, a figura materna; no do garoto, a imagem paterna -, sentimentos conflitantes que configuram o Complexo de Édipo.

Se tudo se desenvolve normalmente, a tendência é a menina se identificar com a mãe, desenvolvendo assim atitudes femininas, enquanto o garoto passa a se basear no modelo masculino, herdado do pai. Porém, quando o temor de ficar sem a posse daquele que ela hostiliza for maior que tudo, pode ocorrer uma empatia com a pessoa do sexo oposto, gerando possivelmente no futuro atitudes homossexuais.

O complexo de Édipo permite que o indivíduo, na infância, faça a transição da esfera dos instintos e dos impulsos para o universo cultural. Na hipótese da pessoa não conseguir realizar esta mudança fundamental na vida mental humana, ela pode entrar em um processo de inquietação psíquica extrema. Para que a criança possa reprimir sua libido – energia direcionada para toda forma de prazer, não só o sexual –, ela passa por um mecanismo simbólico de castração.

Com medo de ser castrada, ela oculta seus sentimentos e os canaliza para o ingresso no âmbito social e na direção de parceiros que não se configuram para ela em um tabu. Assim, ela opta pelos valores da civilização e deixa para trás qualquer vestígio incestuoso, agora restrito ao seu inconsciente."

 



(Por: Ana Lucia Santana)

 

ec337a1a1847d19ef63d3a92c6ffbdc107a7e92232df04ed822f5e25ef161727.png

Quem foi Édipo?



"Para construir o conceito de Complexo de Édipo, Freud utilizou-se da mitologia grega, mais especificamente do teatro, escrito por Sófocles chamado “Édipo Rei”.

O mito conta a história de Laio, rei de Tebas, que teria sido avisado por um Oráculo sobre seu futuro maldito: ele seria assassinado por seu próprio filho que se casaria com sua mulher, ou seja, a mãe deste. Para evitar que isso se concretizasse, Laio decide abandonar a criança num lugar distante, colocando-lhes pregos nos pés, para que morresse. Um pastor encontra a criança e lhe dá o nome de Edipodos (pés-furados). Essa criança, mais tarde é adotada pelo rei de Corinto. Ao consultar o oráculo, Édipo recebe a mesma mensagem que seu pai Laio recebera anos antes, mas, acreditando que se tratava dos pais adotivos, Édipo foge de Corinto. Em sua fuga, Édipo se depara com um bando de negociantes e seu líder e acaba por matá-los todos em uma briga, sem saber que esse líder era Laio, seu pai. Ao chegar a Tebas, Édipo decifra o enigma da Esfinge e livra a cidade de suas ameaças, assim recebe o trono de rei e a mão da rainha Jocasta, agora viúva. Os dois se casam e têm quatro filhos.

Anos depois, quando uma peste chega à cidade, Édipo e Jocasta consultam o oráculo para tentar resolver essa questão e acabam por descobrir que são mãe e filho. Jocasta suicida-se e Édipo fura os próprios olhos como punição por não ter reconhecido a própria mãe.


Não se pode falar em uma idade exata para que o complexo de Édipo se manifeste ou se dissolva. Freud falava em uma fase entre os três e os seis anos de idade. Para outros psicanalistas como Melanie Klein, a introjeção da figura paterna acontece bem antes, logo nos primeiros anos de vida."



(Por: Juliana Spinelli Ferrari)

O que é Complexo de Édipo?

 

"Freud se apropria do mito de Édipo para formular sua idéia de que exista na relação da tríade (pai-mãe-criança) um desejo incestuoso da criança pela mãe e a interferência odiada do pai nessa relação.

Assim, o Complexo de Édipo é uma formulação usada para explicar o desenvolvimento sexual infantil. Esse conceito foi trabalhado diversas vezes durante a construção da teoria freudiana e posteriormente por seguidores da psicanálise, tornando-se uma formulação ainda em construção à qual se dedicam inúmeros autores ao redor do mundo.

Uma das características marcantes da evolução do conceito de Complexo de Édipo é a atribuição, cada vez maior, de valor à fantasia. Isso porque a formulação edípica foi justamente a saída de Freud, quando decide abandonar a Teoria do Trauma, que colocava no plano do real a origem da neurose. Para entender melhor, vamos refazer resumidamente esse caminho percorrido por Freud.

Inicialmente, baseado nos relatos clínicos, Freud chegou a acreditar que a neurose adulta era decorrente de um trauma sexual, ocorrido na infância, que retornava anos mais tarde, na puberdade. Essa teorização, todavia, foi sendo desconstruída à medida que Freud passa a considerar que as experiências de seus pacientes se tratavam não de traumas reais, mas de fantasias. A mudança na teoria freudiana a partir disso é significativa: atribui-se grande valor ao conflito psíquico e admite-se a ambivalência de sentimentos das crianças na relação com seus pais.

Segundo Freud, a resolução do Complexo de Édipo é responsável pela inserção da criança na realidade, pela quebra das relações simbióticas, através do reconhecimento das interdições, ou seja, pelo reconhecimento do pai na relação. Esta figura paterna, inicialmente percebida como mero obstáculo à realização dos desejos, é aos poucos introjetada.

O complexo de Édipo é estruturante da personalidade, e a dificuldade em ultrapassar esse momento e identificar-se a figura paterna pode ser a explicação de muitos comportamentos de dependência e imaturidade de indivíduos adultos. A inserção da figura paterna depende, entre outros elementos, da postura da mãe com relação ao pai."



(Por: Juliana Spinelli Ferrari)