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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

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A complexidade do ser humano...


Existem cinco emoções básicas, autênticas, inerentes ao ser humano: medo, raiva, tristeza, alegria e afeto. No entanto, por conta do processo educacional, tais emoções são castradas, reprimidas. Desta forma, todo processo educacional é baseado no binômio: permissão e proibição. Ou seja, aprendemos a classificar essas emoções como “boas” e “más”.

Por exemplo, numa família é permitido (é importante ressaltar aqui, que é comum os membros dessa família não terem consciência dessas permissões e proibições) sentir e expressar raiva com brigas constantes, discussões e agressões verbais e/ou físicas. No entanto, é proibido sentir e demonstrar quaisquer manifestações de afeto; com isso, é muito raro (ou inexistente) a troca de carinho, de apreço e, muito menos, intimidade, confiança. Por conta dessa proibição, há nessa família uma secura de afeto, desconfiança de exercitar a capacidade de amar. Portanto, não há espaço para ternura, sentimentos de calor e proximidade, ou mesmo discutirem seus conflitos, anseios e preocupações pessoais. Todos vivem num torpor mental e emocional e não percebem que estão anestesiados emocionalmente. Levam uma vida limitada, sem paixão e nem compaixão, despida de encanto, espontaneidade e alegria.

Intimidade é essa liberdade de ser o que se é, sem máscara, sem disfarce. É a expressão livre e prazenteira do que se pensa e sente, sem reservas ou ressalvas. Mas quando há permissão para se ter intimidade numa família, há confiança, uma amizade profunda entre os pais e filhos, irmãos. Há famílias que têm permissão para sentir afeto, alegria, mas proibição para sentir e/ou expressar raiva, tristeza e medo. “Homem que é homem não chora e nem tem medo”; “Você parece uma manteiga derretida! Pare de chorar!”. São as frases mais frequentes que muitas crianças escutam em suas famílias.

Certa ocasião, atendi um paciente cujo apelido em seu trabalho era garoto propaganda, pois vivia constantemente sorrindo (na verdade, o sorriso era uma máscara, um disfarce, isto é, uma falsa alegria que ele estampava em seu rosto para esconder a raiva e tristeza, pois não podia sentir e nem tampouco expressá-la em sua infância). Toda vez que brigava com o seu irmão mais novo, sua mãe o obrigava a se reconciliar com o irmão, mandando-o abraçá-lo e pôr um sorriso em seu rosto. Desta forma, ela o proibia de sentir e expressar raiva, substituindo-a por um falso afeto (abraçando o irmão) e uma falsa alegria (sorriso no rosto). Ao invés de dizer para o filho: “Olha, é natural você sentir raiva de seu irmão (permissão para sentir raiva), pois ele não quis devolver o seu brinquedo, mas não precisava agredi-lo fisicamente”; assim, a mãe reprimia sua raiva, fazendo-o sentir emoções não sinceras (falso afeto e alegria). Desta forma, o paciente aprendeu com a mãe a não entrar em contato com a raiva e a tristeza. Por conta disso, ele não percebia as mensagens de seu próprio corpo. Ou seja, não percebia quando estava tenso, relaxado, com raiva, triste ou alegre. Sentia-se, portanto, anestesiado emocionalmente.Corpo e alma estavam dissociados e fragmentados, isto é, seu corpo agia de uma forma, enquanto suas palavras diziam o contrário. Dizia, por exemplo, palavras cheias de raiva com um sorriso no rosto e não tinha consciência disso. Com isso, acabou somatizando em seu corpo uma doença psicossomática – gastrite crônica. Durante o processo psicoterápico, foi orientado a perceber no seu cotidiano seus verdadeiros sentimentos e expressá-los adequadamente. Com isso, nunca mais teve gastrite.

Portanto, entender e expressar adequadamente as emoções são a melhor forma de se evitar uma doença psicossomática, que se caracteriza por queixas físicas recorrentes, mas sem causa detectáveis por exames clínicos. O paciente acima referido reclamava de intensas dores de estômago, mas, ao se submeter a uma endoscopia, não apresentava nenhuma lesão nesse órgão. Como ele, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 20% da população do planeta manifestam vários tipos de doenças psicossomáticas por encontrar dificuldade de lidar com suas emoções. Além da gastrite, existem outras doenças de origem emocional: distúrbios cardiovasculares (infarto, derrame, hipertensão); dores crônicas (dor nas costas, cefaléias, fibromialgia); síndrome da fadiga crônica (cansaço constante); afecções dermatológicas (queda de cabelo, psoríase, herpes, vitiligo); doenças endócrinas (diabetes tipo dois, hiper ou hipotireoidismo); problemas gastrointestinais (diverticulite, diarreia, prisão de ventre, gastrite, síndrome do intestino irritável); problemas respiratórios (asma, rinite alérgica); distúrbios imunológicos – doenças autoimunes (lúpus, artrite, reumatoide, depressão).

Lembremos sempre que o ser humano é mente, corpo e espírito!!!



(Por: Osvaldo Shimoda)