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Psicóloga

Carla Navarro Baltazar Feijoo

CRP 06/60596

 

 

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Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental à adolescentes, adultos e terceira idade, com foco em Programação Neurolinguística e Neurociências. Psicodiagnóstico, Psicoterapia, Orientação Vocacional, Coaching Emocional Humanizado de Vida e de Carreira, Treinamentos Comportamentais e Consultoria Organizacional. 

 

Tratamento clínico de baixa autoestima, insegurança, Transtornos do Desenvolvimento, Doenças Psicossomáticas, Depressão, Transtornos de Ansiedade, Fobias, Medos, Traumas, Transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do Pânico, Stress, Transtornos Alimentares, e Distúrbios de autoimagem.  

Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico

 

O que é?

 

A Síndrome do Pânico é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados ataques de pânico. Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa ansiedade e são acompanhados de alguns sintomas específicos como taquicardia, perda do foco visual, dificuldade de respirar, sensação de irrealidade, etc. É classificado como um transtorno de ansiedade caracterizado por um intenso medo ou/e mal-estar com sintomas físicos e cognitivos que se iniciam de forma brusca e alcançam intensidade máxima em cerca de 5 minutos e causando medo de morrer persistente e recorrente, o que aumenta a chance de outros ataques.

Em uma crise de pânico, um desequilíbrio na produção de neurotransmissores cerebrais (Serotonina e Gaba) pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos, alertando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas inapropriadas. Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou semanalmente. O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico.

No Brasil, cerca de 1% da população tem um ataque de pânico por ano e 5% dos adultos relatam já terem tido pelo menos um ataque de pânico na vida, 1% deles acompanhado de agorafobia. Pessoas ansiosas são mais suscetíveis ao problema do que outras, o que envolve tanto fatores genéticos quanto aprendidos na convivência familiar, escolar e social. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno mesmo sem ter nenhum antecedente familiar. 

É mais comum em adolescentes e jovens adultos, cerca de 1/2 dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam entre os 15 e os 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.

Sintomas

O transtorno do pânico é caracterizado por crises súbitas frequentemente incapacitantes e recorrentes. Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem causas aparentes ou por meio de ansiedade excessiva motivada por estresse, perdas, aborrecimentos ou expectativas. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados fobias, dessas situações e começar a evitá-las. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como vergonha, estigma social, ostracismo etc.). É comum que o medo persista e seja generalizado gerando agorafobia (medo de locais considerados como desprotegidos).

Os sintomas são como uma preparação do corpo para fuga de uma ameaça real. A adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o indivíduo para o enfrentamento desse perigo como:

  • Aumento da frequência cardíaca (com concentração do sangue na cabeça e membros);

  • Aumento da frequência respiratória (hiperventilação);

  • Ressecamento da boca;

  • Sensação de falta de ar (ocasionada pela não estimulação dos nervos sensitivos intranasais);


Durante a hiperventilação, o organismo excreta uma quantidade acima do normal de gás carbônico, desequilibrando o controle do equilíbrio ácido-básico do sangue. Quando ocorre diminuição do gás carbônico ocorre também um aumento no pH sanguíneo (alcalose metabólica) e, consequente a isso, uma maior afinidade da albumina plasmática pelo cálciocirculante, o que irá se traduzir clinicamente por uma hipocalcemia relativa (redução na quantidade de cálcio livre). Os sintomas dessa hipocalcemia relativa são sentidos em todo o organismo:

  • Sistema Nervoso Central: ocorre vasoconstrição arterial que se traduz em vertigem, escurecimento da visão, sensação de desmaio.

  • Sistema Nervoso Periférico: ocorre dificuldade na transmissão dos estímulos pelos nervos sensitivos, ocasionando formigamentos que possuem uma característica própria: são da periferia para o centro do corpo. O indivíduo se queixa de formigamento que acomete as pontas dos dedos e se estende para o braço (em luva, nas mãos; em bota, nos pés), adormecimento da região que compreende o nariz e ao redor da boca (característico do quadro).

  • Musculatura Esquelética: a hipocalcemia causa aumento da excitabilidade muscular crescente que se traduz inicialmente por tremores de extremidades, seguido de espasmos musculares (contrações de pequenos grupos musculares: tremores nas pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente). Em relação à tetania, é comum a queixa de dificuldade para abertura dos olhos (contratura do músculo orbicular dos olhos), dor torácica alta (contratura da porção superior do esôfago), sensação de aperto na garganta (contração da musculatura da hipofaringe, notadamente da cricofaríngeo), de abertura da boca (contratura do masseter e de músculos faciais - sinal de Chvostec), e contratura das mãos (mão de parteiro -sinal de Trousseau). São muito frequentes as câimbras.



Importante

Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, frequentemente é confundido com outras doenças em emergências de hospitais. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. Muitos exames devem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade. Geralmente, a depressão está associada ao transtorno do pânico, assim como pode haver alcoolismo e uso de outras drogas.

Tratamento

O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos para ansiedade e psicoterapia. O uso de uma nova técnica denominada estimulação magnética transcraniana repetitiva também pode ser útil. Em geral, a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de 06 a 08 semanas.

Durante as crises uma técnica simples pode ser utilizada para diminuir o mal estar, sobretudo no peito: inspirar o ar pelo nariz até que se infle totalmente a caixa torácica, prendê-lo por 2 a 4 segundos, e soltar o ar bem devagar pela boca. O exercício pode ser repetido por algumas vezes até que se obtenha a melhora da sensação de dor ou desconforto no peito. O aprendizado de que o controle dos sintomas pode ser feito através do controle da respiração é extremamente útil no tratamento a longo prazo da Síndrome do Pânico.

Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.